Em 1946
voltou pela primeira vez a Exu (Pernambuco), e teve um emocionante
reencontros com seus pais, Januário e Santana, que há anos não sabiam
nada sobre o filho e sofreram muito esse tempo todo. O reencontro com
seu pai é narrado em sua composição Respeita Januário, em parceria com Humberto Teixeira.
Em 1948,
casou-se com sua noiva, a pernambucana Helena Cavalcanti, professora
que tinha se tornado sua secretária particular, por quem Luiz se
apaixonou. O casal viveu junto até o fim da vida de Luiz. Eles não
tiveram filhos biológicos, por Helena não poder engravidar, mas adotaram
uma menina, a quem batizaram de Rosa.[4]
Nesse mesmo ano Léia morreu de tuberculose,
para desespero de Luiz. O filho deles, apelidado de Gonzaguinha, ficou
órfão com 2 anos e meio. Luiz queria levar o menino para morar com ele e
Helena, e pediu para a mulher criá-lo como se fosse dela, mas Helena
não aceitou, juntamente coms ua mãe, Marieta, que achava aquilo um
absurdo, já que nem filho verdadeiro de Luiz era. Luiz não viu saída:
Entregou o filho para os padrinhhos da criança, Leopoldina e Henrique
Xavier Pinheiro, criá-lo, no Morro do São Carlos. Luiz sempre visitava a
criança e o menino era sustentado com a assistência financeira do
artista. Luizinho foi criado como muito amor. Xavier o considerava filho
de verdade, e lhe ensinava viola, e o menino teve em Dina um amor
verdadeiro de mãe. [5]
Luiz não se dava bem com o filho, apelidado de Gonzaguinha.
Ele passou a não ver mais o filho na infância do menino e sempre que o
via brigava com ele, apesar de amá-lo, achava que ele não teria um bom
futuro, imaginando que ele se tornaria um malandro ao crescer, já que o
menino era envolvido com amizades ruins no morro, além de viver com
malandros tocando viola pelos becos da favela. Dina tentava unir pai e
filho, mas Helena não gostava da proximidade deles, e passou a espalhar
para todos que Luiz era estéril e não era o pai de Luizinho, mas Luiz
sempre desmentia, já que ele não queria que ninguém soubesse que o
menino era seu filho somente no civil. Ele amava o menino de fato,
independente de ser filho de sangue ou não.[6]